Epistemologia e metodologia do turismo cultural urbano: o caso da Sociologia Artística das culturas móveis e da comunicação turística em redes sociais urbanas
DOI:
https://doi.org/10.17231/comsoc.33(2018).2915Palavras-chave:
Abordagens metodológicas inovadoras, comunicação do turismo, culturas móveis, hibridologia, Sociologia ArtísticaResumo
Os debates epistemológicos, teóricos e metodológicos que visam credibilidade científica não podem prescindir da correspondente aplicação ao tecido social. Inversamente, a ação deverá sempre informar a reflexão. Pretende-se neste artigo demonstrar racionalmente e mostrar sensorialmente que um dos géneros sociológicos, a Sociologia Artística, faz transbordar a Sociologia e a sua linguagem científica da academia para atividades de extensão criativas, como a exposição do saber sociológico no espaço público urbano, por exemplo no caso da galeria de arte. Do mesmo modo, o conhecimento e linguagem artísticos deverão contaminar a discussão sociológica através de uma sensibilidade inovadora. Isso é possível por intermédio da inserção, num texto sociológico, não apenas das imagens oriundas de uma exposição de arte, apresentadas enquanto Figuras (1,2…n). Para além disso, a própria exposição de arte poderá ser entendida como uma configuração social e sociológica que faz parte orgânica do próprio corpo do texto sociológico tradicional. Busca-se assim uma hibridação de saberes profunda, que poderá enriquecer, mas também subverter, tanto os debates sociológicos quanto as exposições de arte.Este propósito realiza-se aqui por diversos meios interligados: uma aproximação epistemológica entre a Sociologia Artística e a Hibridologia; a problematização teórica das culturas móveis; o trabalho de campo empírico no quadro da comunicação urbana na Cidade 3.0 e a comunicação turística no contexto do Turismo 3.0; e a exposição ‘New Art Fest’17, como palco da aplicação de abordagens metodológicas sociológicas e artísticas inovadoras. Numa primeira etapa, a Exposição Sociológica sobre Turismo 3.0/Cidade 3.0 demonstrou e mostrou os saberes urbanos e da viagem, no seio do espaço da galeria de arte. Numa segunda fase, este saber testado no público da exposição é reintroduzido num artigo de revista científica. Um tal duplo movimento de pesquisa hibridiza e confronta, em moldes ao mesmo tempo originários e originais, o conhecimento e a prática científicos e artísticos.Downloads
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