Desafios e Estratégias de Comunicação Digital Numa Organização Educativa em Portugal, no Período Pandémico COVID-19

Inês Miguel; Márcia Silva

doi:10.17231/comsoc.43(2023).4462

Autores

Inês Miguel Centro de Estudos de Comunicação e Cultura, Faculdade de Ciências Humanas, Universidade Católica Portuguesa, Lisboa, Portugal/Departamento de Marketing, Operações e Gestão Geral, ISCTE Business School, Instituto Universitário de Lisboa, Lisboa, Portugal/Faculdade de Design, Tecnologia e Comunicação, Universidade Europeia, Lisboa, Portugal https://orcid.org/0000-0002-5933-4705
Márcia Silva Departamento de Sociologia, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade da Beira Interior, Covilhã, Portugal/Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga, Portugal https://orcid.org/0000-0003-3464-2194

DOI:

https://doi.org/10.17231/comsoc.43(2023).4462

Palavras-chave:

organizações educativas, desafios, COVID-19, comunicação digital

Resumo

A transformação digital, acelerada pela pandemia COVID-19, transformou a forma de comunicar das organizações educativas e suscitou um conjunto de desafios que compeliram à definição de estratégias de comunicação adequadas ao contexto de crise pandémica. Face a esta realidade o presente artigo tem como objetivo compreender como uma organização educativa em Portugal adaptou a sua comunicação, em 2020, ao longo de três períodos distintos: antes da pandemia (janeiro–março), no decorrer da pandemia/confinamento (março–junho) e no regresso às aulas (setembro–dezembro). Para além disso, procura identificar e refletir sobre os desafios e estratégias de comunicação adotadas nestes períodos. Para atingir os objetivos supracitados, foi realizado um estudo de caso numa organização educativa cujos dados foram recolhidos por via de um inquérito por questionário aplicado aos encarregados de educação e de entrevistas semiestruturadas a responsáveis e dirigentes. Os resultados indicam que o contexto de crise vivenciado no período de pandemia COVID-19 impulsionou o uso da comunicação digital, nomeadamente através de ferramentas digitais (blogue, Instagram, canal YouTube), reforçou o papel da comunicação na organização educativa em estudo e alterou profundamente a forma de comunicar entre os docentes/organização educativa e os/as encarregados/as de educação. Deste modo, considera-se pertinente a definição de planos estratégicos de comunicação de crise nas organizações de ensino, a continuidade em relação à implementação e utilização de novas tecnologias e ferramentas digitais de comunicação e o estudo de sistemas híbridos que visem aumentar a agilidade e interface presencial/distância.

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Biografias Autor

Inês Miguel, Centro de Estudos de Comunicação e Cultura, Faculdade de Ciências Humanas, Universidade Católica Portuguesa, Lisboa, Portugal/Departamento de Marketing, Operações e Gestão Geral, ISCTE Business School, Instituto Universitário de Lisboa, Lisboa, Portugal/Faculdade de Design, Tecnologia e Comunicação, Universidade Europeia, Lisboa, Portugal

Inês Miguel é doutorada em ciências da comunicação pela Universidade do Católica Portuguesa e mestre em gestão pela Universidade Nova. Tem experiência em marketing em empresas multinacionais como Nestlé, Unilever e Coca-Cola e está a lecionar desde o ano passado marketing operacional, no Instituto Universitário de Lisboa, e, recentemente, marketing de serviços na Faculdade de Design, Tecnologia e Comunicação. Marketing, comunicação e educação são as suas principais áreas de interesse, tendo participado em vários projetos de investigação. Faz parte do Centro de Estudos de Comunicação e Cultura, da Universidade Católica Portuguesa.

Márcia Silva, Departamento de Sociologia, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade da Beira Interior, Covilhã, Portugal/Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga, Portugal

Márcia Silva é professora auxiliar convidada na Universidade da Beira Interior. Desde 2022 é doutorada em sociologia pela Universidade do Minho, mestre em sociologia e licenciada em geografia e planeamento, pela mesma universidade. Com um percurso profissional interdisciplinar, nos últimos anos participou em vários projetos de investigação, nacionais e internacionais, em diversas áreas temáticas relacionadas com cultura, mobilidade urbana, turismo e sustentabilidade, que resultaram em diver-
sas publicações.

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