https://revistacomsoc.pt/index.php/revistacomsoc/issue/feedComunicação e Sociedade2025-05-23T14:45:50+00:00Comunicação e Sociedadecomunicacaoesociedade@ics.uminho.ptOpen Journal Systems<p><em>Comunicação e Sociedade</em> é uma revista científica da área das ciências da comunicação, editada pelo <a href="http://www.cecs.uminho.pt/">Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade</a>. Publica dois volumes por ano (junho e dezembro), em edição bilingue, integralmente em português e em inglês.</p>https://revistacomsoc.pt/index.php/revistacomsoc/article/view/5731Literacia Digital Como Estratégia Para a Prevenção e o Tratamento da Violência Sexual nas Comunidades Académicas da Indonésia2025-01-29T09:23:50+00:00Mite Setiansahmite.setiansah@unsoed.ac.idNuryantinuryanti1510@unsoed.ac.idEdi Santosoedi.santoso@unsoed.ac.idTri Wuryaningsihtri.wuryaningsih@unsoed.ac.id<p>A violência sexual nas universidades é um fenómeno icebergue. O Ministério da Investigação, Tecnologia e Ensino Superior da Indonésia reconheceu a violência sexual como um dos problemas mais graves que o ensino superior enfrenta, tendo promulgado um regulamento para abordar a prevenção e o tratamento da violência sexual (PTVS) nas universidades. Embora existam inúmeros estudos sobre a implementação da regulamentação, bem como sobre a controvérsia e o tratamento dos casos de violência sexual nas universidades, são escassos os estudos que associam a prevenção e o tratamento desses casos aos níveis de literacia digital dos membros da comunidade académica. Por outro lado, os programas de socialização e prevenção da violência sexual são maioritariamente realizados através de plataformas digitais. Este estudo aplicou métodos qualitativos para avaliar os níveis de literacia digital dos membros das comunidades académicas relativamente à PTVS. Os dados iniciais foram recolhidos por meio de questionários, discussões de grupos focais e entrevistas com informantes. Os resultados indicam que a PTVS não pode ser eficazmente alcançada com a mera disseminação de informações sobre a violência sexual nos média digitais. Estes esforços devem ser complementados por iniciativas direcionadas para a melhoria da literacia digital nas comunidades académicas. Este trabalho oferece contributos importantes sobre a interseção entre a literacia digital e a prevenção da violência sexual, particularmente em contextos académicos. Do ponto de vista metodológico, o estudo demonstra a adequação das abordagens qualitativas para explorar e descrever de forma abrangente este fenómeno. Além disso, o estudo contribui para o discurso académico sobre o papel das redes sociais e dos média digitais na formação de perceções sobre a violência sexual e na sensibilização para a sua prevenção.</p>2025-01-28T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2025 Mite Setiansah, Nuryanti, Edi Santoso, Tri Wuryaningsihhttps://revistacomsoc.pt/index.php/revistacomsoc/article/view/6041Dinâmicas da Desinformação Climática em Publicações de Facebook e Instagram no Brasil2025-03-10T08:03:01+00:00Luana Cruzluanatsc@gmail.comVanessa Fagundesvafagundes2@gmail.comLuisa Massaraniluisa.massarani@fiocruz.brThaiane Oliveirathaianeoliveira@id.uff.br<p>Neste estudo, analisamos a dinâmica da desinformação climática em publicações de Facebook e Instagram no Brasil, com enfoque nos fenômenos que envolvem a deturpação de dados científicos para desacreditar a ciência. Caracterizamos os temas em circulação, as formas de expressão, os atores sociais envolvidos, as linguagens, os tipos de narrativas que incluem falácias, teorias conspiratórias e relatos religiosos. Além disso, cruzamos essas categorias com a presença ou ausência de argumento científico para observar se o uso da ciência na desinformação climática serve para reforçar pontos de vista e impulsionar controvérsias. Para tanto, nosso caminho metodológico passou pela análise de conteúdo e temática de 77 publicações de desinformação climática nessas duas plataformas online, recolhidas entre 1 de janeiro de 2023 e 31 de dezembro de 2023, a partir dos descritores “mudanças climáticas” e “aquecimento global”. Como resultado, confirmamos a existência de um ecossistema da desinformação climática com especificidades brasileiras que fazem a discussão pública reforçar a ideia de finitude da humanidade, sob uma retórica catastrófica e agenciada por mídias alternativas. A análise também aponta que o Facebook vem se desenhando como um espaço de desinformação climática mais explícita ao se associar aos fanatismos, em contraposição ao Instagram, em que se delineia uma desinformação climática sem negação frontal da ciência.</p>2025-03-07T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2025 Luana Cruz, Vanessa Fagundes, Luisa Massarani, Thaiane Oliveirahttps://revistacomsoc.pt/index.php/revistacomsoc/article/view/5950Grounded Theory e Mídia Sociais: Práticas Metodológicas Hard, Medium ou Light?2025-05-22T09:35:20+00:00Erlaine Binottoerlainebinotto@ufgd.edu.brLidiane Parron Gonçalveslidianeparron@gmail.comFernanda Évilin de Jesus Fortunato Limafernanda_evilin@hotmail.comNoellen Silva Amorim Feusernoellen@uems.brMaricel Karina Lopez Torresprofe.maricel@gmail.comVictor Fraile Sordivictor.sordi@ufms.brCamila Magalhães da Cunhacamis.cunha@hotmail.comPaulo Cristiano de Oliveirapaulo2007oliveira@gmail.com<p>Dada a crescente influência das plataformas de mídia social, é essencial estabelecer uma estrutura de pesquisa que incorpore uma abordagem qualitativa e utilize a <em>grounded theory</em> (GT) para entender os fenômenos associados aos dados e conteúdo das mídia sociais. Este estudo teve como objetivo classificar o uso da GT em pesquisas envolvendo mídia sociais durante o processo de investigação. Por meio de uma revisão sistemática baseada nas principais abordagens do método, foi analisada a aplicação dos procedimentos da GT em 22 artigos que abordam conteúdos relacionados a mídia sociais. Esses estudos foram classificados como “hard”, “medium” ou “light”, com base no nível metodológico de detalhes. Os resultados das análises demonstraram que o uso da GT de forma <em>hard</em> e <em>medium</em> ocorreu em nove artigos cada e quatro aplicaram o método de maneira <em>light</em>. A GT é mais comumente usada como uma ferramenta de análise de dados do que para desenvolvimento de teoria. Em alguns casos, os autores forneceram apenas detalhes metodológicos parciais e, por vezes, as descrições não eram claras, comprometendo potencialmente a transparência e o rigor da pesquisa qualitativa. Este estudo encoraja os pesquisadores a refletir sobre o processo de GT e promove a aplicação do método na pesquisa em mídia social, ao discutir processos e necessidades. Também informa os pesquisadores sobre os desafios da aplicação de GT em pesquisas relacionadas à mídia social. Ao fornecer uma estrutura alternativa robusta para análise de critérios, buscamos dar suporte ao desenvolvimento de novas teorias substantivas ou formais e à codificação sistemática de dados, fomentando estudos futuros que contribuam para a disseminação da GT como um método. A aplicação da GT a dados de mídia social continua sendo um campo pouco explorado, com potencial significativo para investigação posterior.</p>2025-05-22T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2025 Erlaine Binotto, Lidiane Parron Gonçalves, Fernanda Évilin de Jesus Fortunato Lima, Noellen Silva Amorim Feuser, Maricel Karina Lopez Torres, Victor Fraile Sordi, Camila Magalhães da Cunha, Paulo Cristiano de Oliveirahttps://revistacomsoc.pt/index.php/revistacomsoc/article/view/6127Quem Semeia Cocriação de Personas Ligadas ao VIH e SIDA Colhe Literacia em Saúde: O Projeto Português VIHVER2025-05-23T14:45:50+00:00Cristina Vaz de Almeidavazdealmeidacristina@gmail.comAna Correiaana.correia@gatportugal.orgAndreia Pinto Ferreiraandreia.pinto.ferreira@gmail.comCatarina Esteves Santoscatarina.esteves.santos@hospitalcascais.ptCristina Moracristinamora@ahseas.ptCristina Sousacristina.sousa@abraco.ptDiva Trigodivatrigo@gmail.comMaria Isabel Casellaisabelgat22@gmail.comJosefina Mendez Vazquezjosefinamendezvazquez@gmail.comMaria Eugénia Saraivama.saraiva@ligacontrasida.orgPatrícia Pachecopatricia.p.pacheco@ulsasi.min-saude.ptRicardo Fernandesricardo.fernandes@gatportugal.orgRita Piresana.pires@ajpas.ptSílvia Ouakininsouakinin@gmail.comVitalina Silvavitalina.silva@ajpas.ptCélia Belimceliabelim@gmail.com<p>A problemática do vírus da imunodeficiência humana (VIH) e síndrome de imunodeficiência adquirida (SIDA) está geralmente confinada a uma perspetiva biomédica. São poucos os casos de investigação sobre a participação das entidades com peso na intervenção comunitária, como as associações de cariz comunitário que apoiam pessoas que vivem com VIH e SIDA. O estudo apresentado foca-se no projeto português VIHVER, que investiu na criação de parcerias entre os representantes destas associações de cariz comunitário e profissionais de saúde, numa simbiose participativa e de cocriação de conteúdos promocionais de saúde. O presente estudo visa mapear o processo de cocriação de personas usadas nas campanhas de comunicação das associações portuguesas integradas no projeto VIHVER e caracterizá-las sob a perspetiva da linguagem. Nesse sentido, usa-se o método qualitativo, assente na cocriação enquanto processo que integra investigação participativa baseada na comunidade e tradução integrada de conhecimentos, na observação participante e na análise semiológica. Os resultados detalham, de forma transparente, o processo de cocriação de seis personas para campanhas de literacia em saúde sobre VIH e SIDA, colmatando uma lacuna na investigação. As escolhas de linguagem verbal, icónica e plástica mostram o seu valor para a caracterização competente das personas. Conclui-se que o processo de cocriação desenvolvido desde a sua raiz pelas seis associações é uma experiência plural e altamente representativa, inovadora, utilitária, orientativa, inspirada nos princípios da literacia em saúde e com potencial de replicação, caráter transversal dos dados e ganhos para todos os envolvidos.</p>2025-05-23T00:00:00+00:00Direitos de Autor (c) 2025 Cristina Vaz de Almeida, Ana Correia, Andreia Pinto Ferreira, Catarina Esteves Santos, Cristina Mora, Cristina Sousa, Diva Trigo, Maria Isabel Casella, Josefina Mendez Vazquez, Maria Eugénia Saraiva, Patrícia Pacheco, Ricardo Fernandes, Rita Pires, Sílvia Ouakinin, Vitalina Silva, Célia Belim