Um mesmo sonho: o monstro de Frankenstein, o robô e o homem biónico
DOI:
https://doi.org/10.17231/comsoc.12(2007).1100Palavras-chave:
Ciência e tecnologia, sonho, monstro de Frankstein, robô, homem “biónico”, reconciliação com a naturezaResumo
Partindo da tese de que ciência e sonho são interdependentes, inteligível e “maravilhoso” se confundem como objectos de investigação e a relação entre sujeito e objecto de estudo pode ser bidireccional, este pequeno ensaio procura questionar a supremacia do Homem sobre as realizações da tecnologia.Propõe-se, assim, a análise de três grandes paradigmas da criação de vida artificial que animam o nosso imaginário em torno desta questão: o monstro de Frankenstein, o robô e o homem biónico.O mito da deificação do Homem revela o desejo do domínio do enigma da vida, ao mesmo tempo que ilude a negação da morte. Mas aspirar à eternidade num tempo em que se celebra o efémero e em que se abandonaram as grandes finalidades, denuncia um empobrecimento do sentido escatológico da existência humana que se vê reduzido à busca pela supressão da morte.A reconciliação do Homem com a Natureza, proposta pela Teoria Crítica, pode assim configurar uma nova utopia na qual o Homem controla a sua relação com a tecnologia através da assunção de uma condição que lhe é intrínseca: o de ser natural.Downloads
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