Produção, recepção e circulação do ‘novo’: um olhar sociológico sobre a invenção independente
DOI:
https://doi.org/10.17231/comsoc.6(2004).1236Palavras-chave:
Invenção, inventores independentes, circulação do ‘novo’, recepção do ‘novo’, geo-sociologia da invençãoResumo
A abordagem do campo da invenção independente é aqui orientada a partir de noções como inovação, desenvolvimento técnico e circulação e recepção do ‘novo’. Partindo de uma perspectiva geo-sociológica da invenção, destacamos os factores favoráveis à emergência desta e dos modelos de desenvolvimento técnico-económicos que caracterizaram diferentes sociedades nos diferentes continentes, desde que há notícia de grupos sedentarizados. A recepção social da invenção e, em geral, do ‘novo’ tem suscitado diferentes respostas, da resistência à indiferença, passando pela sacralização.Na actualidade, os inventores independentes constituem uma franja minoritária da produção técnico-científica, assistindo-se a uma progressiva institucionalização do processo inventivo. Assim, interrogamos as razões que levam os inventores a perseverar numa actividade que se desenvolve à margem de qualquer vínculo institucional. Tal desvinculação reflecte-se no discurso dos entrevistados que salientam a desvalorização social de que são alvo. Esta persistência leva-nos a interrogar os factores avançados pelos próprios como potenciadores do gosto pela invenção.Downloads
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