A Inteligência Artificial Como Novo Campo das Interações Entre Humanos: Uma Crítica à Produção de Conhecimento

João Francisco Pinho; Fernando  Bessa Ribeiro

doi:10.17231/comsoc.47(2025).6190

Autores

João Francisco Pinho Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga, Portugal https://orcid.org/0009-0002-3173-8879
Fernando Bessa Ribeiro Centro Interdisciplinar em Ciências Sociais, Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga, Portugal https://orcid.org/0000-0001-7431-8562

DOI:

https://doi.org/10.17231/comsoc.47(2025).6190

Palavras-chave:

inteligência artificial, comunicação, conhecimento, capitalismo

Resumo

A inteligência artificial (IA) tem ganho um papel preponderante na interação entre indivíduos e na produção de informação nas mais diversas esferas sociais. Ao mesmo tempo, surgem alertas de diferentes instituições e especialistas quanto à sua proliferação, seja pela possibilidade de automatizar determinados trabalhos ou tarefas, seja pela progressiva dificuldade em distinguir aquilo que é produzido por um ser humano daquilo que é produzido por esta nova tecnologia. No entanto, em muitas destas discussões são utilizados termos como “comunicação”, “informação”, “conhecimento”, “consciência”, “criatividade”, entre outros, sem a devida preocupação em definir estas capacidades e em situá-las historicamente — daí que rapidamente se caia numa perspetiva ora apocalíptica, ora entusiástica, sem que se perceba os processos sociais em causa e as possíveis consequências do desenvolvimento e aplicação destas tecnologias. Face a este panorama discursivo, que prolifera em todo o tipo de média, ao focarmo-nos na produção de bases de dados nas quais os diversos modelos de IA generativa se baseiam pretendemos situar historicamente o desenvolvimento da IA, e mais concretamente da IA generativa, no contexto do desenvolvimento do capitalismo; avançar uma perspetiva crítica sobre as capacidades humanas (nomeadamente, comunicar, pensar e produzir conhecimento) e, por fim, tentar antecipar possíveis consequências da introdução destas tecnologias não só no processo produtivo como também na esfera do consumo.

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Biografias Autor

João Francisco Pinho, Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga, Portugal

João Francisco Pinho é mestrando em Sociologia, Universidade do Minho, Braga, Portugal, tendo uma licenciatura em Sociologia pela Universidade Nova de Lisboa e uma licenciatura em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico. Atualmente tem interesse no estudo sobre as áreas de produção de inteligência artificial, a produção de conhecimento científico e a relação entre a crise climática e o desenvolvimento do capitalismo.

Fernando Bessa Ribeiro, Centro Interdisciplinar em Ciências Sociais, Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Braga, Portugal

Fernando Bessa Ribeiro é professor associado com agregação do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, sendo o atual diretor do Departamento de Sociologia. É doutorado em Ciências Sociais pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e agregado em Sociologia pela Universidade Nova de Lisboa, é investigador integrado do Centro Interdisciplinar em Ciências Sociais. Capitalismo, habitação e questões urbanas são alguns dos seus principais interesses, sobre os quais publicou diversos livros e artigos em revistas nacionais e estrangeiras. Foi recentemente galardoado com o Prémio António Dornelas pelo seu trabalho sobre pobreza, juntamente com os restantes investigadores do estudo A Pobreza em Portugal: Trajetos e Quotidianos, financiado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos.

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