Discurso persuasivo e a prevenção das drogas: questões éticas e políticas

Autores

  • Zara Pinto-Coelho Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, Universidade do Minho, Braga

DOI:

https://doi.org/10.17231/comsoc.8(2005).1182

Palavras-chave:

Estratégias discursivas persuasivas, campanhas públicas, cidadania democrática, prevenção das drogas

Resumo

Neste artigo apresento e discuto algumas estratégias discursivas características da persuasão no domínio das campanhas públicas nacionais de prevenção das drogas. Trata-se de evidenciar os efeitos que este tipo de discurso persuasivo pode ter, não ao nível do conhecimento e das atitudes individuais (Donohen et al., 1991, Edwards et al., 1990, Ferguson e Lennox 1974, Mayton et al., 1990), mas sim os seus efeitos potenciais de longo prazo ao nível da constituição de identidades e de relações sociais (Fairclough, 2003). Por se tratarem de campanhas públicas, o plano mais alto desta relação é feito entre o cidadão e o Estado, ou entre o cidadão e o governo. Daí a importância de estarmos atentos ao tipo de poder que incorporam, considerando o lugar que aí é dado à autonomia e à cidadania democrática. Mostro que a cidadania (Fairclough et al., 2005) construída nestas campanhas, contrariamente ao que seria de esperar numa sociedade democrática, pode reforçar a apatia e a subordinação política, bem como os conflitos e a discriminação social.

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Biografia Autor

Zara Pinto-Coelho, Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, Universidade do Minho, Braga

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Publicado

20-12-2005

Como Citar

Pinto-Coelho, Z. (2005). Discurso persuasivo e a prevenção das drogas: questões éticas e políticas. Comunicação E Sociedade, 8, 63–71. https://doi.org/10.17231/comsoc.8(2005).1182

Edição

Secção

Comunicação estratégica no sector público

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