Alteridade e identidade em Tabu de Miguel Gomes
DOI:
https://doi.org/10.17231/comsoc.29(2016).2422Keywords:
Filme Tabu, representações “raciais”, alteridade, identidade, semiótica multimodalAbstract
A identidade nacional portuguesa foi construída, ao longo do tempo, por vários meios e no cinema também, em relação com a identidade de um “outro” africano, próximo e distante, herdeiro e desafiador, objeto de sedução e de repulsa. Estas dualidades estão patentes no filme Tabu (2012), de Miguel Gomes, que reifica e questiona representações. Filme pós-colonial, no sentido em que reflete sobre a forma como estereótipos e representações sociais e “raciais” criados durante o colonialismo se repercutem na sociedade portuguesa de hoje, oferece um olhar crítico sobre uma certa elite portuguesa em África e sobre a forma como esse mesmo grupo viveu o período da Guerra pela Independência, confrontando esse momento da história portuguesa com o tempo atual.
Analisa-se o discurso fílmico do autor, através de uma abordagem semiótica multimodal do filme: uma análise de Tabu tendo em conta os processos de categorização, quer por exclusão, quer por inclusão. Apresenta-se uma leitura dialógica de recursos semiológicos como ritmo, composição, conexões informais e diálogos, sendo que a finalidade desta análise multimodal é perceber a representação do “outro” africano no filme e a forma como a identidade portuguesa se constrói na relação com essa alteridade africana.
Downloads
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Authors own the copyright, providing the journal with the right of first publication. The work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.