A “crise dos refugiados” na Europa – entre totalidade e infinito

Autores

  • Moisés de Lemos Martins Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, Universidade do Minho

DOI:

https://doi.org/10.17231/comsoc.0(2019).3058

Palavras-chave:

Colonialismo, expansão europeia, lusofonia, princípio da analogia, refugiados

Resumo

O eu e o outro. A totalidade e o infinito. Ou seja, a totalidade como o discurso do eu, que apaga o outro; e o infinito como o discurso do outro, que limita e impõe reservas ao discurso da totalidade. É numa relação face a face que eu encontro o outro, o qual passa, então, a existir em mim, a fazer parte de mim, constituindo-me. Esse é o caminho do enamoramento, e pode ser também o caminho da compaixão e da solidariedade. Mas a relação com o outro não se esgota no encontro. Depois do encontro do outro, seguem-se muitas vezes o seu apagamento, assimilação, e mesmo dominação. Em termos rigorosos, o que podemos dizer é que o outro nunca é redutível ao eu, ou seja, nunca é apagável em mim. E se o que está em causa é ignorar o outro, ou então, segregá-lo, discriminá-lo e dominá-lo, do que se trata mesmo é de exercer sobre ele uma violência. É este o meu ponto de partida e o meu ângulo de enfoque para debater a “crise dos refugiados” na Europa.

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Publicado

28-05-2019

Como Citar

Martins, M. de L. (2019). A “crise dos refugiados” na Europa – entre totalidade e infinito. Comunicação E Sociedade, 21–36. https://doi.org/10.17231/comsoc.0(2019).3058

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