Entre a dupla ausência e o profissional transnacional - o “não dito” da mobilidade científica

Autores

  • Izabela Wagner Universidade de Varsóvia, Polónia

DOI:

https://doi.org/10.17231/comsoc.28(2015).2287

Palavras-chave:

Carreiras científicas, discriminações, etnicidade e plano de carreira, internacionalização

Resumo

O artigo versa sobre a situação da maioria dos cientistas em mobilidade e a trabalhar nos mais prestigiados laboratórios internacionais de investigação do século XXI. Problematiza-se o desfasamento entre o discurso oficial que tende a enfatizar constantemente a existência de seleções democráticas e justas e de acesso livre às carreiras científicas e o discurso “não dito” sobre a discriminação étnica baseada na nacionalidade dos investigadores que permeia os locais de trabalho em ciência. A informação recolhida através de investigação etnográfica realizada em laboratórios científicos indica que a etnia e a origem geográfica (bem como a nacionalidade do cientista) desempenham papéis importantes no processo de seleção e permanência nos laboratórios de investigação. Neste texto usa-se o conceito “dupla ausência” de Abdelmalek Sayad, mostrando que a situação de ser cientista “estrangeiro” (a maioria dos alunos de doutoramento e pós doutorandos que trabalha no estrangeiro) é idêntica à de outras categorias em migração.

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Biografia Autor

Izabela Wagner, Universidade de Varsóvia, Polónia

Professora associada desde 2008 na Faculdade de Filosofia e Sociologia na Universidade de Varsóvia e centro de sociologia do trabalho e das organizações. Presentemente é professora visitante na Universidade de Cagliari, Itália.

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Publicado

28-12-2015

Como Citar

Wagner, I. (2015). Entre a dupla ausência e o profissional transnacional - o “não dito” da mobilidade científica. Comunicação E Sociedade, 28, 379–399. https://doi.org/10.17231/comsoc.28(2015).2287