Persuasão e propaganda: os limites da retórica na sociedade mediatizada
DOI:
https://doi.org/10.17231/comsoc.16(2009).1032Palavras-chave:
Retórica, propaganda, persuasão, democraciaResumo
Inventada no tempo dos gregos, a retórica foi obrigada logo desde os seus inícios a coexistir com uma outra estratégia de persuasão: a propaganda; e a coexistir de uma forma tal que se pode mesmo dizer que a retórica nasceu apesar de e mesmo contra a propaganda. Não sendo uma invenção contemporânea, foi contudo a sociedade contemporânea que erigiu a propaganda como a estratégia central de persuasão a mobilizar, na guerra ou na paz, por governos, empresas, partidos, igrejas e todo o tipo de instituições e organizações. Pretendemos no que se segue, por um lado, distinguir a retórica e a propaganda enquanto estratégias de persuasão; e, por outro lado, analisar as relações que ambas entretêm no contexto mais geral da persuasão. A este respeito, a nossa tese é a de que a propaganda, enquanto modalidade plutocrática da persuasão, tem como um dos seus objectivos essenciais o de condicionar as formas democráticas de persuasão, consubstanciadas na retórica.Downloads
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