Para além da propaganda e da Internet: a ética do jornalismo

Autores

  • J. Paulo Serra Departamento de Comunicação e Artes, Universidade da Beira Interior

DOI:

https://doi.org/10.17231/comsoc.25(2014).1875

Palavras-chave:

Propaganda, internet, jornalismo, ética

Resumo

Segundo o “modelo da propaganda” de Herman e Chomsky, a informação veiculada pelos media noticiosos é determinada, em grande medida, quer em termos do agendamento quer em termos do enquadramento das notícias, pelas “indústrias da persuasão”. Ao contrário desses meios, a Internet oferece, pelo menos por enquanto, a possibilidade de dar livre voz a vozes diferentes e alternativas, de cidadãos e organizações cívicas e não-governamentais. Ela desafia, ao mesmo tempo, o monopólio dos meios noticiosos tradicionais para oferecerem informação relevante e credível. Esta possibilidade de cidadãos e organizações utilizarem a Internet para contrariar a propaganda constitui, provavelmente, uma das principais causas da atual crise do jornalismo. A sobrevivência do jornalismo a esta crise reside não num esquecimento da sua ética mas, antes, na reafirmação sistemática e consistente da mesma. A ética revela-se, assim, condição necessária, ainda que não suficiente, do sucesso pragmático do jornalismo.

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Publicado

30-06-2014

Como Citar

Serra, J. P. (2014). Para além da propaganda e da Internet: a ética do jornalismo. Comunicação E Sociedade, 25, 290–300. https://doi.org/10.17231/comsoc.25(2014).1875

Edição

Secção

Da publicidade à propaganda