Quantas nações somos capazes de imaginar?
DOI:
https://doi.org/10.17231/comsoc.29(2016).2410Palavras-chave:
Cinema, propaganda, Guiné-Bissau, luta de libertação, estado naçãoResumo
Quem canta hoje o Estado-nação na Guiné-Bissau? Vou procurar responder a esta e a outras perguntas que emergirão ao longo do presente artigo, colocando em diálogo dois filmes. O primeiro é En Nations Födelse (O Nascimento de uma Nação) e foi realizado por Lennart Malmer e Ingela Romare na Guiné-Bissau. O segundo é uma sequência de bobine, um fragmento de filme que regista a Marcha da Juventude na República Democrática Alemã, onde várias nações que ainda não existem no plano político procuram afirmar-se no plano simbólico. Este último foi filmado pelo realizador guineense Sana N’Hada em Berlim. Se o primeiro é uma criação de dois estrangeiros que se empenharam na luta de libertação na Guiné-Bissau, o segundo é de autoria de um realizador guineense que se encontrava a representar o seu país em vias de existir na Alemanha Oriental. Ambos os filmes procuram ativar mecanismos para a construção da Guiné-Bissau enquanto Estado-nação, partilhando repercussões ideológicas. Não os tomo como imagens sobre o passado, mas antes como um futuro projetado num passado idealizado. Uma espécie de futuro que se conjuga no pretérito imperfeito.Downloads
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Publicado
27-06-2016
Como Citar
Laranjeiro, C. (2016). Quantas nações somos capazes de imaginar?. Comunicação E Sociedade, 29, 79–92. https://doi.org/10.17231/comsoc.29(2016).2410
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Artigos Temáticos
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