O papel da comunicação: a utilização das redes sociais nos cuidados de saúde primários

Autores

  • Andreia Garcia Secção de Estudos em Relações Públicas e Comunicação Organizacional, Escola Superior de Comunicação Social, Instituto Politécnico de Lisboa, Portugal / ISCTE, Instituto Universitário de Lisboa, Portugal https://orcid.org/0000-0002-4116-5667
  • Mafalda Eiró-Gomes Secção de Estudos em Relações Públicas e Comunicação Organizacional, Escola Superior de Comunicação Social, Instituto Politécnico de Lisboa, Portugal https://orcid.org/0000-0002-5542-6995

DOI:

https://doi.org/10.17231/comsoc.0(2020).2747

Palavras-chave:

comunicação, relações públicas, promoção da saúde, cuidados de saúde primários, agrupamentos de centros de saúde

Resumo

Sabe-se que o crescimento dos utilizadores das redes sociais obrigou muitas instituições a considerar a relevância deste canal de comunicação. Nada se sabe, contudo, sobre a utilização das redes sociais pelos ACeS Agrupamentos de Centros de Saúde, serviços públicos integrados no Serviço Nacional de Saúde (SNS), que têm por missão a prestação de cuidados de saúde primários, a promoção da saúde e prevenção da doença e a ligação a outros serviços para a continuidade dos cuidados. No ato da sua criação, em 2008, o governo reconheceu que os cuidados de saúde primários são o pilar central do sistema de saúde. Defende-se, neste estudo, que a comunicação deve estar orientada para o cumprimento da missão das instituições. Deste modo, pretende-se perceber de que forma a comunicação desenvolvida por estas instituições do SNS, particularmente a que recorre às redes sociais, está a contribuir para o cumprimento das suas missões organizacionais. Os objetivos deste estudo foram identificar os ACeS que estão presentes no Facebook e analisar a comunicação que aí tem sido desenvolvida. O corpus de análise foi constituído pelo universo de todos os ACeS existentes em Portugal. As fontes dos nossos dados foram todas as publicações públicas nas páginas de Facebook dos ACeS em 2018. Para a análise sistemática dos dados (análise das mensagens manifestas), utilizou-se o método de análise de conteúdo tanto com cariz quantitativo como qualitativo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Asano, E. (2017, 04 de janeiro). How much time do people spend on social media? Retirado de https://www.socialmediatoday.com/marketing/how-much-time-do-people-spend-social-media-infographic

Austin, L. (2012). Government’s use of social media to frame health information: a review of the U. S. centers for disease control and prevention’s social media practices. In S. C. Duhe (Ed.), New media and public relations (pp. 209-217). Nova Iorque: Peter Lang Publishing Inc.

Avidar, R. (2017). Responsiveness and interactivity: relational maintenance strategies in an online environment. In S. C. Duhe (Ed.), New media and public relations (pp. 229-238). Nova Iorque: Peter Lang Publishing Inc.

Berry, D. (2007). Health communication: theory and practice. Londres: McGraw-Hill Education.

Breakenridge, D. K. (2008). PR 2.0: new media, new tools, new audiences. Nova Jersey: FT Press.

Bryson, J. M. (2016). Strategic planning and the strategy change cycle. In D. O. Renz & R. D. Herman (Eds.), The Jossey-Bass handbook of nonprofit leadership and management (pp. 240-73). Nova Jersey: John Wiley & Sons.

Burton, J., Henderson, K., Hill, O., Graham, C. & Nadarynski, T. (2019). Targeted sexual health promotion on social media for young adults at risk of chlamydia: a mixed-methods analysis. Digital Health, 5, 1-10. https://doi.org/10.1177/2055207619827193

Cho, M. & Schweickart, T. (2015). Nonprofits’ use of Facebook: an examination of organizational message strategies. In R. D. Waters (Ed.), Public relations in the nonprofit sector (pp. 281-295). Nova Iorque: Routledge.

Coiera, E. (2013). Social networks, social media, and social diseases. BMJ, 346, 1-4. https://doi.org/10.1136/bmj.f3007

Cornelissen, J. (2017). Corporate communication: a guide to theory and practice (5.ª ed.). Londres: Sage.

Coutinho, C. (2018). Metodologias de investigação em Ciências Sociais e Humanas: teoria e prática. Coimbra: Editora Almedina.

Decreto-Lei n.º56/1979, de 15 de setembro, República Portuguesa.

Decreto-Lei n.º28/2008, de 22 de fevereiro, República Portuguesa.

Eiró-Gomes, M. & Nunes, T. (2013). Relações públicas/comunicação institucional/comunicação corporativa: três designações para uma mesma realidade?. In M. L. Martins & J. Veríssimo (Eds.), Comunicação global, cultura e tecnologia - Atas do 8º Congresso SOPCOM (pp. 1050-1057). Lisboa: ESCS/ SOPCOM.

Eiró-Gomes, M. (Ed.) (2017) A comunicação em organizações da sociedade civil conhecimento e reconhecimento. Lisboa: Escola Superior de Comunicação Social.

Eng, T., Maxfield, A., Patrick, K., Deering, M.J., Ratzan, S. C. & Gustafson, D. H. (1998). Access to health information and support: a public highway or a private road? Jama, 280(15), 1371-1375. https://doi.org/10.1001/jama.280.15.1371

Fortin, M. F.(2003). O processo de investigação. Loures: Lusociência.

Gold, J., Pedrana, A. E., Sacks-Davis, R., Hellard, M. E., Chang, S., Howard, S., Keogh, L. & Stoove, M. A. (2011). A systematic examination of the use of online social networking sites for sexual health promotion. BMC public health, 11(1), 583.

Grunig, J. E. (2009). Paradigms of global public relations in an age of digitalisation. PRism, 6(2), 1-19.

Lesly, P. (1997). The nature and role of public relations. In P. Lesly, Lesly’s handbook of public relations and communications (5ª ed.) (pp. 3-19). Chicago: Contemporary Books.

Macnamara, J. (2014). The 21st century media (r) evolution: emergent communication practices. Nova Iorque: Peter Lang.

Michaelson, D. & Stacks, D. W. (2017). A professional and practitioner’s guide to public relations research, measurement, and evaluation. Nova Iorque: Business Expert Press.

Moorhead, S. A., Hazlett, D. E., Harrison, L., Carroll, J. K., Irwin, A. & Hoving, C. (2013). A new dimension of health care: systematic review of the uses, benefits, and limitations of social media for health communication. Journal of medical Internet research, 15(4). https://doi.org/10.2196/jmir.1933

Mundy, E. D. (2017). The challenge of true engagement: how 21st century gay pride organizations strategically use social media to mobilize stakeholders. In S. C. Duhe (Ed.), New media and public relations (pp. 251-259). Nova Iorque: Peter Lang Publishing In.

Nunes, T. (2011). Terceiro sector: relações públicas como negociação e compromisso. Dissertação de Mestrado, Instituto Politécnico de Lisboa, Lisboa, Portugal. Retirado de http://hdl.handle.net/10400.21/463

Organização Mundial da Saúde. (1998). Health promotion glossary. Retirado de http://www.who.int/healthpromotion/about/HPR%20Glossary%201998.pdf

Phillips, D. & Young, P. (2009). Online public relations. Londres: Kogan Page.

Piotrow, P. T., Rimon, J.G. II, Payne Merritt, A. & Saffitz, G. (2003). Advancing health communication: the PCS Experience in the field. Baltimore: Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health/Center for Communication Programs.

Place, K. R. & Vardeman-Winter, J. (2016). Science, medicine, and the body: how public relations blurs lines across individual and public health. In J. L´Étang; D. McKie; N. Snow & J. Xifra (Eds.), The Routledge handbook of critical public relations (pp. 259-271). Nova Iorque: Routledge.

Postman, J. (2009). SocialCorp: social media goes corporate. EUA: Peachpit Press.

Quivy, R. & Campenhoudt, L. (2017). Manual de investigação em Ciências Sociais. Lisboa: Gradiva Publicações.

Schiavo, R. (2007). Health communication: from theory to practice. EUA: Jossey Bass.

Scott, D. M. (2009). The new rules of marketing and PR: how to use social media, blogs, news releases, online video, and viral marketing to reach buyers directly. Nova jersey: John Wiley & Sons.

Siapera, E. (2018). Understanding new media. Londres: Sage.

Smailhodzic, E., Hooijsma, W., Boonstra, A. & Langley, D. J. (2016). Social media use in healthcare: a systematic review of effects on patients and on their relationship with healthcare professionals. BMC health services research, 16(442). https://doi.org/10.1186/s12913-016-1691-0

Solis, B. & Breakenridge, D. K. (2009). Putting the public back in public relations: how social media is reinventing the aging business of PR. Nova Jersey: Ft Press.

Springston, K. J. & Lariscy, W. R. (2010). The role of public relations in promoting healthy communities. In R. L. Heath (Ed.), The Sage handbook of public relations (pp. 547-556). EUA: Sage.

Thackeray, R., Neiger, B. L., Smith, A. K. & Van Wagenen, S. B. (2012). Adoption and use of social media among public health departments. BMC public health, 12(242). https://doi.org/10.1186/1471-2458-12-242

Umair, A., Nanda, P. & He, X. (2017). Online social network information forensics. IEEE TructCom2017, 1139-1144. https://doi.org/10.1109/Trustcom/BigDataSE/ICESS.2017.364

Van De Belt, T. H., Berben, S. A., Samson, M., Engelen, L. J. & Schoonhoven, L. (2012). Use of social media by Western European hospitals: longitudinal study. Journal of medical Internet research, 14(3). https://doi.org/10.2196/jmir.1992.

We Are Social & Hootsuite. (2018). Digital 2018: Portugal. Retirado de https://hootsuite.com/pt/pages/digital-in-2018

We Are Social & Hootsuite. (2019). Digital 2019: Portugal. Retirado de https://hootsuite.com/resources/digital-in-2019

Wilson, J. (2012). Foreword. In S. Waddington (Ed.), Share this: the social media handbook for PR professionals (pp. xi-xii). Reino Unido: John Wiley & Sons.

Woolley, P. & Peterson, M. (2012) Efficacy of a health-related Facebook social network site on health-seeking behaviors. Social Marketing Quarterly, 18(1), 29-39. https://doi.org/10.1177/1524500411435481

Publicado

30-07-2020

Como Citar

Garcia, A., & Eiró-Gomes, M. (2020). O papel da comunicação: a utilização das redes sociais nos cuidados de saúde primários. Comunicação E Sociedade, 197–217. https://doi.org/10.17231/comsoc.0(2020).2747