Resgatar a participação: para uma crítica sobre o lado oculto do conceito

Autores

  • Nico Carpentier Instituto de Estudos da Comunicação e Jornalismo, Universidade Charles, República Checa https://orcid.org/0000-0002-8996-4636
  • Ana Duarte Melo Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Portugal https://orcid.org/0000-0002-4598-7174
  • Fábio Ribeiro Departamento de Letras, Artes e Comunicação, Escola de Ciências Humanas e Sociais, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro/ Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Portugal https://orcid.org/0000-0001-8071-6145

DOI:

https://doi.org/10.17231/comsoc.36(2019).2341

Palavras-chave:

condições de possibilidade, definição de participação, cultura democrática, limites de participação, teoria participativa, relevância da participação

Resumo

Este artigo regressa a uma teorização aprofundada sobre o conceito de participação, com o objetivo de refletir sobre a natureza da participação e demonstrar alguns dos problemas inerentes às publicações que distinguem entre formas de participação claras e escuras. O ponto de partida do artigo é uma discussão sobre três limites inscritos no conceito de participação. O primeiro limite leva-nos a uma discussão antiga sobre a natureza da participação, o foco no poder e o que é incluído e excluído nestas definições. O segundo limite do conceito de participação tem como tema uma série de distinções, nomeadamente aquelas entre participação, a sua condição de possibilidade (acesso e interação) e os seus resultados. O terceiro limite que (potencialmente) estrutura a participação é da imposição da cultura democrática. Em resposta a estes debates, o artigo apresenta uma abordagem mais positiva, focada no que foi ignorado por muito tempo, a saber, as razões pelas quais a participação é importante. Aqui, o artigo fornece uma reflexão estrutural sobre as contribuições para este número da revista e constrói um modelo teórico que consiste em associar estas três lógicas, a saber, uma lógica social, política e fantasmagórica, permitindo entender melhor as razões pelas quais a participação é importante.

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Publicado

20-12-2019

Como Citar

Carpentier, N., Duarte Melo, A., & Ribeiro, F. (2019). Resgatar a participação: para uma crítica sobre o lado oculto do conceito. Comunicação E Sociedade, 36, 17–35. https://doi.org/10.17231/comsoc.36(2019).2341

Edição

Secção

Artigos Temáticos