O acontecimento e os seus públicos
DOI:
https://doi.org/10.17231/comsoc.23(2013).1623Keywords:
Público, comunicação, comunidades de interpretação, recepçãoAbstract
A partir da relação intrincada entre produção e recepção, analiso a constituição dos públicos mediáticos e outros, colocando a questão de como a irrupção dos acontecimentos públicos e as notícias correspondentes não se dirigem simplesmente aos públicos mas também os criam. Para tal, proponho uma reflexão sobre a noção de público(s) e sobre o tratamento da mesma por diferentes autores. Considera-se que os públicos são diversos e podem organizar-se em torno de objetos, acontecimentos, situações, ações ou em torno de experiências variadas (uma obra literária, a leitura de um jornal, a vivência de um acontecimento marcante, uma catástrofe, um problema coletivo, uma causa pública ou um processo de inquérito). Para conduzir esta reflexão, abordo uma hermenêutica dos públicos para encarar a atividade destes ao nível das suas modalidades e dispositivos de recepção, de interpretação e apropriação. Sigo a orientação pragmática de John Dewey que, em The Public and its Problems (1927), adverte que um grupo de pessoas só se torna num público se ocorrerem determinadas condições: que ele “tome consciência de si
mesmo” e que identifique as circunstâncias concretas que o originaram.
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