Entre a dupla ausência e o profissional transnacional - o “não dito” da mobilidade científica
DOI:
https://doi.org/10.17231/comsoc.28(2015).2287Keywords:
Carreiras científicas, discriminações, etnicidade e plano de carreira, internacionalizaçãoAbstract
O artigo versa sobre a situação da maioria dos cientistas em mobilidade e a trabalhar nos mais prestigiados laboratórios internacionais de investigação do século XXI. Problematiza-se o desfasamento entre o discurso oficial que tende a enfatizar constantemente a existência de seleções democráticas e justas e de acesso livre às carreiras científicas e o discurso “não dito” sobre a discriminação étnica baseada na nacionalidade dos investigadores que permeia os locais de trabalho em ciência. A informação recolhida através de investigação etnográfica realizada em laboratórios científicos indica que a etnia e a origem geográfica (bem como a nacionalidade do cientista) desempenham papéis importantes no processo de seleção e permanência nos laboratórios de investigação. Neste texto usa-se o conceito “dupla ausência” de Abdelmalek Sayad, mostrando que a situação de ser cientista “estrangeiro” (a maioria dos alunos de doutoramento e pós doutorandos que trabalha no estrangeiro) é idêntica à de outras categorias em migração.Downloads
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Authors own the copyright, providing the journal with the right of first publication. The work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.