Para Não Esquecer: Memória, Poder e Arquivo Malê em Narrativa Amadiana
DOI:
https://doi.org/10.17231/comsoc.41(2022).3727Palavras-chave:
arquivo, poder, malê, memória, históriaResumo
Neste artigo, se problematiza as relações entre o poder, a memória e o arquivo que circundam a revolta dos malês, acontecimento histórico narrado em Bahia de Todos os Santos: Guia de Ruas e Mistérios, do escritor Jorge Amado (1977), buscando compartilhar reflexões, tensionamentos e intenções que o contato com os estudos pós-estruturalistas e decoloniais podem provocar ante a história, significando um movimento de insubmissão capaz de potencializar uma crítica ao pensamento oficial e às narrativas eleitas. A resistência e a busca malê para resguardar sua identidade é uma potência expressa no livro amadiano, que denuncia a violência física, linguística, religiosa, social e histórica vivenciada pela desumanização dos corpos negros e o apagamento da história nacional dessas figuras populares que tiveram uma participação em lutas em prol da liberdade e foram silenciadas nas narrativas oficias da nação. O trabalho desenvolvido tem por intuito ainda compreender como o romancista brasileiro aborda essas estruturas forjadas nas relações de poder e de controle da história e da memória utilizadas como mecanismos para apagar identidades das minorias étnicas em solos brasileiros. Para o desenvolvimento deste estudo, foram utilizadas as concepções teóricas de Derrida (1995/2001), Deleuze (1969/2009), Foucault (1969/2008), Mignolo (2003), Grosfoguel (1996), Quijano (2005) e Reis (1986).
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Referências
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