A despesa improdutiva e a mercadoria espetacular

Autores

  • Vincenzo Susca Lersem - Laboratoire d’études et de recherches en Sociologie et en Ethnologie de Montpellier, Institut de Recherche en Sociologie et Anthropologie, Université Paul-Valéry Montpellier, França https://orcid.org/0000-0002-5489-6514

DOI:

https://doi.org/10.17231/comsoc.38(2020).2596

Palavras-chave:

espetáculo, imaginário, consumo

Resumo

Para apreender corretamente o espírito de nosso tempo, é necessário analisar em profundidade e na superfície a correspondência contemporânea entre o espetáculo e o consumo: consumo espetacular e espetáculo de consumo. A cadeia das mercadorias-signos (Baudrillard, 1968), meio e veículo de adesão ao sistema produtivo e político, assume um valor extraordinário a partir do momento em que acolhe tudo o que é não-racional numa sociedade racionalizada, bem como o aspeto anti-utilitarista de um social focado, precisamente, na lógica do utilitarismo. Nesse sentido, o ciclo dos consumos espetaculares coincide com o consumo da individualidade burguesa, enquanto a massa que se tornou público se torna a matriz na qual o sujeito se perde para amortecer o peso das mudanças e exprimir as pulsões marginalizadas pelo sistema social.

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Referências

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Publicado

23-12-2020

Como Citar

Susca, V. (2020). A despesa improdutiva e a mercadoria espetacular. Comunicação E Sociedade, 38, 243–254. https://doi.org/10.17231/comsoc.38(2020).2596