O mundo engarrafado e a arqueologia da encenação: gravações audiovisuais como registro de producções operísticas
DOI:
https://doi.org/10.17231/comsoc.31(2017).2602Palavras-chave:
Encenação de ópera, gravação de ópera, Regietheater, Richard Wagner, teatro de diretorResumo
Este trabalho se debruça sobre o uso de gravações audiovisuais como documentos para análise de producções de ópera contemporâneas agrupadas pela crítica alemã sob o termo teatro de director [Regietheater]. Nesse conjunto de abordagens, o projeto de obra de arte integral [Gesamtkunstwerk] de Wagner ganha um novo impulso e significado, pois as três dimensões da arte operística – verbal, musical e visual – deixam de trabalhar em conjunto para a mobilização do drama e passam a constituir textos distintos. Neste artigo, discutiremos as limitações da gravação audiovisual para o registro de encenações operísticas de teatro de diretor, assim como recursos de linguagem de montagem fílmica que permitem reconstruir em texto audiovisual essas producções, com soluções por vezes distintas daquelas adotadas em palco. Interessa-nos, sobretudo, problematizar a equivalência que por vezes se estabelece entre uma encenação e sua gravação – especialmente no contexto contemporâneo de produções que realizam alterações frequentes e se caracterizam pelo caráter único de cada performance individual, sempre repleta de eventos singulares, com relativa autonomia em relação ao plano geral de direção. Para isso, discutiremos problemas e soluções da direção de vídeo em gravações audiovisuais de encenações de Der Ring des Nibelungen [O Anel do Nibelungo], de Richard Wagner (1813-1883).Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Os autores são titulares dos direitos de autor, concedendo à revista o direito de primeira publicação. O trabalho é licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional.