TY - JOUR AU - Freitas, Gustavo AU - Peixinho, Ana Teresa PY - 2022/06/22 Y2 - 2024/03/29 TI - A Guerra Colonial nas Narrativas Mediáticas: Como os Jornais de Portugal e Angola Recontaram uma Efeméride 60 Anos Depois JF - Comunicação e Sociedade JA - revistacomsoc VL - 41 IS - SE - Artigos Temáticos DO - 10.17231/comsoc.41(2022).3666 UR - https://revistacomsoc.pt/index.php/revistacomsoc/article/view/3666 SP - 75–89 AB - <p>A 15 de março de 2021 completaram-se 60 anos da insurgência angolana que deu início à Guerra Colonial. A data reavivou a memória de um marco interseccional entre as histórias de Portugal e Angola e, por ter ganhado espaço nos média informativos <em>mainstream</em>, fez-se oportuna para que se analisassem as narrativas mediáticas que recontaram o conflito. O episódio, que se deu em 1961, foi motivado por uma série de fatores, dos quais se destaca a insatisfação dos povos nativos com o regime de exploração. Nesta investigação, inscrita no campo da narratologia pós-colonial, pretendeu-se compreender de que forma os jornais portugueses e angolanos reportaram esta efeméride. Para tal, recorreu-se a uma metodologia de natureza qualitativa — a análise crítica do discurso — e analisaram-se, de modo exploratório, textos jornalísticos sobre a efeméride em questão publicados nos diários <em>Público</em> e <em>Jornal de Angola</em>. O objetivo era compreender as diferenças ideológicas entre a abordagem de cada uma das produções mediáticas, assinalando encontros e desencontros, e identificar as estratégias discursivas que moldaram tais narrativas mediáticas contemporâneas acerca de conflitos coloniais. Entre as conclusões está a perceção de que o jornal angolano costurou a sua narrativa a partir de uma perspetiva interna do colonialismo, com uma abordagem dos acontecimentos a partir dos relatos de quem os viveu. Por seu turno, o órgão português pautou-se pelas relações já pós-coloniais que se desenhavam à medida em que avançava a globalização.</p> ER -