TY - JOUR AU - Laranjeiro, Catarina PY - 2016/06/27 Y2 - 2024/03/28 TI - Quantas nações somos capazes de imaginar? JF - Comunicação e Sociedade JA - revistacomsoc VL - 29 IS - 0 SE - Artigos Temáticos DO - 10.17231/comsoc.29(2016).2410 UR - https://revistacomsoc.pt/index.php/revistacomsoc/article/view/1642 SP - 79-92 AB - Quem canta hoje o Estado-nação na Guiné-Bissau? Vou procurar responder a esta e a outras perguntas que emergirão ao longo do presente artigo, colocando em diálogo dois filmes. O primeiro é En Nations Födelse (O Nascimento de uma Nação) e foi realizado por Lennart Malmer e Ingela Romare na Guiné-Bissau. O segundo é uma sequência de bobine, um fragmento de filme que regista a Marcha da Juventude na República Democrática Alemã, onde várias nações que ainda não existem no plano político procuram afirmar-se no plano simbólico. Este último foi filmado pelo realizador guineense Sana N’Hada em Berlim. Se o primeiro é uma criação de dois estrangeiros que se empenharam na luta de libertação na Guiné-Bissau, o segundo é de autoria de um realizador guineense que se encontrava a representar o seu país em vias de existir na Alemanha Oriental. Ambos os filmes procuram ativar mecanismos para a construção da Guiné-Bissau enquanto Estado-nação, partilhando repercussões ideológicas. Não os tomo como imagens sobre o passado, mas antes como um futuro projetado num passado idealizado. Uma espécie de futuro que se conjuga no pretérito imperfeito. ER -